Nos últimos anos temos presenciado um crescente índice de crimes sendo cometidos por menores de 18 anos. Talvez isto esteja acontecendo pelo fato de no Brasil não haver punição severa para menoridade.
Diante deste pouco caso que a muito tempo vem sendo tratado pelos governantes, cada dia mais vemos crimes bárbaros sendo cometidos por crianças e adolescentes, e pena nenhuma é aplicada aos mesmos. Portanto eles praticam atos criminosos e saem impunes, com certeza isto é um incentivo para que cada dia mais pratiquem algum tipo de crime.
Penso que esta situação só vai apresentar uma mudança quando os nossos políticos tratarem este assunto com mais seriedade e responsabilidade, elaborando novas leis onde seria cobrado dos adolescentes a partir dos 16 anos, para que assim diminua a delinquência juvenil.
Argumentos SIM
Autoridade Nos últimos anos, vejo que tem aumentando o número de crimes graves cometidos por jovens menores de 18 anos. Algo precisa ser feito rapidamente.
Fonte: Eliana Justino, renomada jurista, em matéria da TV 1 sobre violência.
Evidência A média da idade da população carcerária brasileira vem caindo nas últimas décadas e hoje está em 23 anos. De 1996 a 2006, aumentou de 4.245 para 15.426 o número de jovens em unidades de internação.
Fonte: Jornal O Brasil e o Mundo.
Comparação Em países da América do Norte, a maioridade penal varia entre 6 e 14 anos; em alguns países da Europa é fixada em 16 anos; em outros varia entre 10 e 21 anos. Há casos de países em que é o juiz quem decide se o infrator responderá como adulto ou não.
Fonte: Jornal O Brasil e o Mundo.
Exemplificação O número de jovens de 16 anos que já estão envolvidos em crimes graves desde a infância não para de crescer. Além disso, muitos dos que saem das unidades de internação para menores voltam ao crime.
Marcela Gomes, editora da revista Jovem Legal.
Princípio Jovens de 16 anos já podem gerar filhos e votar. Se considerarmos que eles agem e pensam como adultos, devemos também julgá-los como adultos.
Fonte: Juliana de Biasi, estudante de direito.
Causa e consequência Como não há punição severa para menores que cometem crimes graves e hediondos, cria-se uma “cultura da impunidade” que, sem dúvida, resulta no aumento constante da criminalidade juvenil.
Fonte: Andréa de Mattos, advogada.
Argumentos NÃO
Autoridade Acredito que prender um adolescente menor de 18 anos combate o efeito e não a causa real do problema. A exclusão social e a falta de perspectivas de futuro empurram os jovens para práticas ilegais.
Fonte: Juliano de Almeida, renomado jurista, em matéria da TV 1 sobre violência.
Evidência O índice de criminalidade juvenil no Brasil está abaixo do apurado em pesquisa feita em 57 países. Em média, os delitos cometidos por jovens representam 11,6% dos crimes. No Brasil, o índice de criminalidade juvenil está em 10%.
Fonte: Jornal Fatos do Brasil
Comparação Assim como a sociedade isenta de responsabilidade os indivíduos incapacitados de perceber o alcance de seus atos, não faz sentido punir judicialmente crianças e adolescentes que se envolvem em crimes.
Fonte: Marlene Nogueira, psicanalista que trabalha com jovens infratores.
Exemplificação De 57 países analisados, somente 17% adotam idades abaixo de 18 anos como maioridade penal. Entre eles, poucos são aqueles que garantem boas condições de desenvolvimento às crianças e aos jovens. Os demais são países pobres em que geralmente a infância não costuma ser bem assistida.
Fonte: Jornal O Brasil e o Mundo.
Princípio Ao cometer algum delito, adolescentes e jovens precisam de orientação e acompanhamento, pois estão em um momento de formação e por isso não devem ser considerados criminosos.
Fonte: Clarice Hamburg, estudante de psicologia.
Causa e consequência A redução da maioridade penal pode agravar a crise do sistema penitenciário brasileiro, aumentando a lotação dos presídios e, consequentemente, diminuindo as chances de recuperação dos jovens, influenciados pela cultura prisional dos adultos internados.
Fonte: Eliseu Guimarães, advogado que trabalha em instituição ligada ao tema dos direitos humanos.
Rosângela Honório